Jaú



No início dos anos 1930, o Corinthians contava com um excelente zagueiro: o paulistano Euclydes Barbosa. Sua enorme impulsão, bem acima da média, lhe rendeu o apelido de Jaú. Nome do primeiro hidroavião brasileiro a fazer a atravessia do Oceano Atlântico, entre 1926 e 1927.


O zagueiro era ídolo da torcida corinthiana, destacando-se como um dos principais jogadores da equipe, mas às vesperas de um clássico contra o Palestra Itália pelo Campeonato Paulista resolveu declarar publicamente que havia recebido uma oferta de suborno, não aceita, feita pelo diretor palestrino Roque Di Lorenzo. O diretor acabou sendo punido pela Liga Paulista de FUtebol (LFP); Jaú por sua vez, entrou em campo normalmente, no dia 6 de novembro de 1921, no Estádio do Parque Antártica. No final do jogo, o placar marcava 3 a 0 para o Rival. Mesmo com a derrota, Jaú continuou negando veementemente ter aceitado o suborno, mas nunca se livrou da imagem de "vendido". Deixou o Corinthians em 19377, pouco depois de ter conqusitado o primeiro título da era profissional do clube, e se transferiu para o Vasco da Gama. Com esta camisa, Jaú chegou até a Seleção Brasileira e chegou a disputar a Copa do Mundo de 1938. Quando se aposentou dos gramados, Jaú virou pai de santo. Durante o tempo em que o Corinthians ficou quase 23 anos sem conquistar títulos, dizia-se que ele teria enterrado um Sapo no Parque São Jorge em repúdio àqueles que o acusaram de traidor, creditando a ele a fila interminável. Por sua vez, corinthiano até a morte, Jaú sempre negou.

Ficha técnica:

Nome
: Euclydes Barbosa
Nascimento: 12 de dezembro de 1919
Cidade natal: São Paulo (SP) Brasil
Carreira Corinthians: 1928 - 1937
Títulos pelo Corinthians: Campeonato Paulista (1928, 1929, 1930, 1937)

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