Invasão Corinthiana


O dia 5 de dezembro de 1976 entrou para a história do futebol mundial como o dia em que uma legião de fanáticos, ou melhor, de “Fiéis”, invadiu o Rio de Janeiro em nome de uma paixão – o Sport Club Corinthians Paulista. Já se passaram mais de 30 anos, mas até hoje a data é lembrada por torcedores e jornalistas como o dia da “Invasão Corinthiana”, quando mais de 75 mil corinthianos foram ao Rio para torcer pelo Timão contra o Fluminense, na semifinal do Campeonato Brasileiro, naquele que foi o maior deslocamento popular por causa de um evento esportivo em todos os tempos.



Na época, o Timão amargava um jejum de títulos que já chegava aos 22 anos, mas inexplicavelmente sua torcida só crescera nesse tempo. Empolgados com a campanha alvinegra no Campeonato Brasileiro daquele ano, os torcedores corinthianos esgotaram os ingressos disponíveis para a torcida do Timão, organizaram uma enorme caravana e dividiram o Maracanã com a torcida do Fluminense para assistir à partida, que foi disputada em grande parte sob uma chuva torrencial, deixando o jogo ainda mais dramático.

O embate foi equilibrado desde o início. O Fluminense, que por ironia do destino contava com o craque Rivellino, grande ídolo corinthiano, não estava disposto a entregar a vaga, apesar da Fiel ter feito com que o Maracanã parecesse o Pacaembu, e abriu o placar aos 18min da primeira etapa, com Carlos Alberto Pintinho.



Uma tragédia parecia se anunciar para a torcida alvinegra, que viajara tantos quilômetros para incentivar seu time. Mas com a Fiel ao seu lado, os jogadores alvinegros tiveram forças para reagir e conseguiram empatar a partida. O gol que igualou novamente os times no placar saiu dos pés de Ruço, aos 29min do primeiro tempo – um golaço de meia bicicleta.


O jogo permaneceu empatado até o final e a vaga na decisão da competição teve que ser definida nos pênaltis Foi então que surgiu o gigante Tobias no gol alvinegro. O arqueiro corinthiano defendeu as cobranças de Rodrigues Neto e Carlos Alberto Torres, capitão da Seleção Brasileira na conquista do tricampeonato mundial, em 1970, no México.



As defesas de Tobias somadas às cobranças convertidas de Neca, Ruço, Moisés e Zé Maria deram ao time do Parque São Jorge a classificação para a final, que seria disputada contra o Internacional de Porte Alegre.

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