Contradição no Parque São Jorge

Sábado. Pacaembu. Corinthians. Fiel. Todos esses ingredientes estarão à disposição de quem aprecia o futebol, logo mais na estréia da Série B do Campeonato Brasileiro. Série B? Pois é! De alguns ainda não caiu a ficha, mas vai ser o Todo Poderoso Corinthians, aquele mesmo Campeão do Mundo, que irá enfrentar o CRB, de Alagoas, às 16h.

Tudo parece andar bem no Parque São Jorge para este jogo. Afinal, o Corinthians mostrou um futebol convincente diante do Goiás e venceu o primeiro confronto contra o São Caetano pela Copa do Brasil. A empolgação voltou a tomar conta da torcida, que irá lotar o bom e velho Pacaembu.

Pena que no Corinthians, na verdade, os mais analistas percebem que nem tudo está bem. Se por um lado o time tenta se encontrar, do outro a diretoria segue com suas mancadas. Nesta semana a Folha e o Estadão divulgaram duas notícias nada animadoras sobre os bastidores do Corinthians.

Uma delas foi a entrevista com Carlos Auricchio, ex-diretor de futebol, à Agência Estado. Ele “detonou” duas pessoas: Antônio Carlos e Mário Gobbi.

“Perdemos atletas importantes que estavam nas nossas mãos porque só entra no Corinthians jogador indicado pelo Antônio Carlos (diretor técnico do departamento de futebol). Nunca houve tanto poder na mão de uma só pessoa. Ele é o dono do futebol do clube. Resolvi sair porque tenho história no clube. Não sou vaquinha de presépio”.

“O Mário Gobbi perdeu a eleição para a presidência do Conselho Deliberativo e virou vice de futebol. Quando assumiu, disse não entender nada de futebol. Só que depois de quatro meses ele parecia saber mais do que todos nós juntos. Eu e o outro diretor de futebol, Eli Werdo, passamos a ser proibidos de dar entrevista. Só o Mário poderia falar. Ele e o Antônio Carlos, lógico. Só que eu e o Eli temos vergonha na cara. Pedimos para ir embora. Deixa quem quer aparecer sair nas fotografias”.
Já a Folha descobriu que há conselheiros vitalícios inadimplentes e que o presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Senger, “não tem tempo” (?) para pensar na expulsão de Dualib e Nesi Curi do quadro de associados.

No Blog de um grande corintiano, soube também que Citadini, o presidente do CORI, se recusou a assinar um documento que pedia agilidade no processo de expulsão de Dualib e Nesi.... Mas por quê será?

E a camisa roxa? Talvez seja utilizada no jogo contra o CRB, mas se não for é um desrespeito com quem comprou. Quem é leitor do Timão Web sabe que eu já escrevi minha opinião sobre essa camisa e por mim ela nem existiria. Mas é uma falta de consideração da diretoria ter boicotado sua própria criação nos últimos jogos. Por que não utilizaram a camisa roxa no amistoso contra o Cene, em Campo Grande, por exemplo? Essas notícias fazem qualquer um pensar duas vezes antes de se empolgar com este Corinthians de 2008. Porque enquanto os “vestígios” da Era Dualib estiverem lá na Rua São Jorge, podem ter certeza de que muitas outras verdades serão descobertas e só o torcedor e o Corinthians serão prejudicados.

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