Símbolos

O primeiro distintivo do clube foi criado em 1912 e era representado pelas letras C e P (referência a Corinthians Paulista) sobrepostas. Na época muitos escudos tinham esse modelo, pois eram inspirados nos clubes ingleses. O registro mais antigo que se tem desse escudo é uma foto de 29 de dezembro de 1912, na qual os atletas Batista Boni, João Collina e André Lepre estão uniformizados ao lado da Taça Unione Viaggitori Italiano, conquistada numa prova de pedestrianismo.

Em 1914, o litógrafo Hermógenes Barbuy, irmão do jogador
Amílcar Barbuy, criou um novo formato para o escudo para disputa do Campeonato Paulista daquele ano (a estreia do Corinthians no Estadual foi em 1913). Além de incluir uma moldura em torno das letras C e P, Barbuy acrescentou a letra S, de Sport, e o C passou a representar tanto Club quanto Corinthians. Este formato sofreu duas variações até 1919. Todas elas com aprovação final de Barbuy.

No mesmo ano o escudo passou por uma transformação, com inclusão de uma moldura preta e a estilização das letras. Esse modelo foi utilizado até 1916. Embora exitam alguns registros fotográficos que comprovam que até 1916 o clube utilizou os modelos anteriores. Inclusive na foto do título estadual de 1914 os jogadores aparecem com uma camisa com o primeiro escudo do clube, aquele com as letra C e P sobrepostas. O motivo, porém, é desconhecido.

Em 1916, Barbuy fez a terceira e última alteração no escudo criado por ele em 1914. Dessa vez o símbolo ganhou um formato arrredondado, que foi preservado até os dias atuais. Esse modelo foi utilizado até 1919 e com ele o clube sagrou-se campeão paulista em 1916. Inclusive na foto em que os jogadores posam com a taça é possível ver esse modelo bordado na camisa. Comparado com os modelos anteriores, esse é o que possui mais registros fotográficos.

Em 26 de janeiro de 1919, na disputa do I Torneio Início, o Corinthians grafou pela primeira vez no escudo seu nome completo e seu ano de fundação, além da bandeira do paulista. Curiosamente, o clube utilizou a bandeira antes mesmo dela ter sido oficializada pelo Estado. Em 1932, passou a ser utilizada pelos paulistas durante a revolução constitucionalista. A bandeira não saiu nem mesmo quando Getúlio Vargas extinguiu todos os símbolos estaduais, em 1937.

O pintor modernista Francisco Rebolo Gonsales, jogador do segundo quadro do Corinthians nos anos 1920, idealizou o escudo com a âncora e os remos em 1933, numa clara referência a adoção dos esportes náuticos pelo clube naquele ano. No entanto, o clube somente passou a utilizar este escudo em 1940. Desde então foram promovidas pequenas alterações no desenho original. O formato à esquerda, por exemplo, foi utilizado até o final dos anos 1970.

Na década de 1970 foi incluido a boia em volta do escudo e os remos e a âncora ganharam novos traços. A bandeira do Estado de São Paulo foi melhorada, mas ainda não estava reproduzida com suas 13 listras originais e era bordada de forma estática. Este distintivo foi utilizado até o final dos anos 1970, com poucas variações ao longo da década. De forma geral o original não se distanciava tanto da imagem à esquerda.

Entre o final da década de 1970 e início da década de 1980 o distintivo foi novamente aperfeiçoado. O nome e a data de fundação passaram a preencher todo o espaço no escudo. A bandeira do Estado de São Paulo passou a ter as 13 litras originais e ganhou movimento. A boia em volta do escudo foi reduzida e aperfeiçoada. Os remos e a âncora foram melhorados. Esse modelo foi utilizado principalmente pela Democracia Corinthiana, na conquista do Bicampeonato Paulista.

Quando completou 75 anos de idade, o Corinthians utilizou durante o mês de setembro seu primeiro distintivo - aquele com as letra C e P sobrepostas. Depois voltou a utilizar o último distintivo, que passou por algumas melhorias e foi aperfeiçoado. Este formado permaneceu durante o final dos anos 1980 e a década de 1990. A partir de 1990 foi incrementado com estrelas sob o escudo, representando os títulos de campeão brasileiro em 1990, 1998 e 1999.

Na disputa do Mundial de Clubes, em 2000, o distintivo o ganhou seu desenho atual, com um contorno preto. Depois da conquista do Mundial foi adicionada uma estrela com contorno prateado e em 2005 foi adicionada a outra estrela pelo título brasileiro daquele ano. Duas mudanças foram cogitadas em 2008, mas não aconteceram. A primeira era a inclusão da palavra Fiel abaixo do escudo, e a segunda era a inclusão de uma coroa no lugar das estrelas.

Para comemorar o primeiro centenário de fundação, a diretoria do Corinthians e o Departamento de Marketing do clube lançaram um distintivo especial em homenagem as origens do clube. Esse distintivo trazia as letras C e P sobrepostas, assi como o primeiro escudo do clube. O distintivo foi estampado em uma camisa comemorativa e utilizado pela primeira vez em 29 de agosto de 2010, na partida contra o VItória, no Pacaembu.

A partir da década de 1990 o clube passou a representar suas principais conquistas com estrelas. Em 1990, foi adicionada a primeira pela conquista do Campeonato Brasileiro. O mesmo ocorreu em 1998, 1999 e 2005 (última estrela adicionada). Em 2000, com a conquista do Mundial de Clubes, foi adicionada uma estrela maior e com um contorno prateado, em alusão a maior conquista da história do Corinthians.

Durante as comemorações do 99º aniversário do clube, o Departamento de Marketing promoveu um concurso chamado "Logo por ti" para escolher o logo do centenário (para uso em campanhas promocionais). Cerca de mil trabalhos foram recebidos pelo clube, dos quais cinco foram escolhidos para voto popular no site do Corinthians. Em 28 de setembro, o distintivo à esquerda, de Breno Araújo da Rocha e Filipe Marinheiro Paiva, foi o vencedor.

Mascote

Existem duas versões. A primeira é de 1913, depois da criação da APEA, para onde foram os principais clubes. O Americano, Internacional e Germânia teriam permanecido na LPF. O Corinthians se juntou a eles e foram apelidados de mosqueteiros. A segunda versão deve-se a vitória contra o Barracas (Argentina), em 1929. O jornalista Tomás Mazzoni de "A Gazeta Esportiva" teria dito que o clube paulistano demonstrou "fibra de mosqueteiro" após o triunfo.


Padroeiro

Somente em 1926 o Corinthians adquiriu sua sede própria. O terreno, localizado hoje no bairro do Tatuapé, ficava exatamente no extinto Parque São Jorge. Do antigo parque, só restou o nome do pequeno estádio. Mas o clube resolveu adotar o santo como parte de sua história. Há contestações. Segundo o Arnaldo Beltrame, responsável pela capela do clube, o santo era o padroeiro do Corinthian Football Club e os fundadores do Brasil resolveram adotar o mesmo padroeiro.

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