Rincón



Muitos capitães levantaram vários troféus de títulos importantes durante toda a história do Corinthians, mas nenhum outro teve a honra de levantar o mais importante de todos. O colombiano Freddy Eusébio Gustavo Rincón Valencia foi capitão da grande conquista alvinegra do primeiro campeonato mundial de clubes da FIFA em 2000.


Iniciou a carreira no Independiente de Santa Fé, na Colômbia, em meados dos anos 1980. Em 1987, foi convocado pela primeira vez para a Seleção nacional. Depois transferiu-se para o América de Cali, onde se tornou tricampeão colombiano. O "Pérola Negra", como foi apelidado no seu país, ganho notoriedade com seus passes certeiros, toques refinados na bola e uma força física impressionante. Ao lado de Valderrama, Valência, Higuita, Valenciano e Asprilla, fez parte da melhor Seleção Colombiana de todos os tempos.

O belo estilo de jogo, técnico e ofensivo, fez esta geração colombiana ser considerada por muitos, inclusive Pelé, favorita para conquistar a Copa do Mundo nos Estados Unidos em 1994. De favorita, acabou virando coadjuvante, não passando sequer da primeira fase e terminando em último lugar do grupo.

O insucesso de Rincón na Copa em nada se assemelhava ao seu sucesso nos clubes. No início de 1994, comprado pela Parmalat por US$ 3, desembarcou no Palmeiras. Chegou com status de craque. Era o jogador sul-americano mais cobiçado da época. Sob o comando de Vanderley Luxemburgo, Rincón alternou bons e maus momentos e chegou a esquntar o banco do Parque Antártica. Porém, quando se adaptou, foi fundamental na conquista do Campeonato Paulista de 1994. Ao mesmo tempo que exibia um bom futebol, Rincón colecionava atritos com a torcida, que o acusava de fazer "corpo mole" para ser negociado com a Europa.

Rincón acabou de fato sendo negociado para o Napoli da Itália, onde pouco jogou e recebeu - acabou sendo repassado ao Real Madrid, que assumiu todas as suas dívidas. O jogador não obteve oportunidades e decidiu voltar ao Brasil em 1996, de novo no Palmeiras. Além de ter tido problemas de relacionamento com alguns jogadores, o colombiano continuou em má fase. Desacreditado e desvalorizado, retornou ao Real Madrid e mais tarde foi negociado com o Corinthians. Iria começar a melhor fase de sua carreira.

Estreou no Corinthians em setembro de 1997, na derrota de virada para a Portugesa pelo Campeonato Brasileiro. O meia estreava substituindo o centroavante Agnaldo sob o olhar desconfiado da Fiel. Aos 31 anos, no final de 1997, passou a jogar pelo Corinthians em uma posição mais recuada. Sem ter a mesma explosão e velocidade de antes, passou a jogar de volante. Inicialmente ele atuou nesta posição com Candinho, mas foi em 1998, com Vanderlei Luxemburgo, que Rincón apromorouse de vez na nova função.



No desenho tático de Luxemburgo, o colombiano fazia dupla de volantes ao lado do baiano Vampeta. Rincó, chegou a atuar mais recuado ainda, muitas vezes desempenhando o papel de terceiro zagueiro. Luxemburgo transformou Rincó e Vampeta na melhor dupla de volantes do Brasil. Aproveitando da ótima técnica de ambos, o treinador fez deles verdadeiras referências em campo. Com suas ótimas atuações, Rincín voltou a ser convocado para seleção Colombiana na Copa de 1998. Novamente a Colômbia não passou da primeira fase.

Se na Copa, Rincó não resolveu para a Colômbia, com a camisa alvinegra era destaque. Formou, com Vampeta, Ricardinho e Marcelinho, um dos melhores meios de campo de toda a história mosquteira. Com a perda da braçadeira de Marcelinho e a saída de Gamarra, o colombiano assumiu de vez o posto de capitão da equipe.

Seu primeiro gol com a camisa do Corinthians aconteceu em abril de 1998, contra o Mogi-Mirim, no Pacaembu, pelo Campeonato Paulista. Neste dia, o time do povo venceu o clube do interior por 5 a 2, sendo dois de Rincón. Na ausência de Marcelinho Carioca, era ele o cobrador de pênaltis da equipe. Com uma frieza impressionante, levou o Timão à final do Paulistão deste ano ao converter um pênalti polêmico dado por Javier Castrilli contra a Portugesa, garantindo o empate aos 49 minutos do segundo tempo. Esse resultado classificou o Corinthians para decidir o título com o São Paulo.

O melhor time do Brasil na época só poderia mesmo resultar em vitórias e conquistas. Em 1998, o título de Campeão Brasileiro; em 1999, mais duas alegrias, o Paulistão e mais um Brasileiro. Com egos inchados pela vaidade e ataques de estrelismo os jogadores não se davam fora de campo.

Em 2000, a consagração máxima do Corinthians e de Rincón. O primeiro mundial de clubes da FIFA. Contrariando as expectativas, começara ali o fim do Casamento entre Rincón e o Corinthians. O atleta exigiu a renovação de seu contrato antes da final contra o Vasco da Gama. A diretoria atendeu ao pedido e renovou, mas desentendimentos futuros, em espcial com Carlos Nujud, fizeram com que o volante anunciasse logo após a conquista do mundial que não jogaria mais pela equipe do Parque São Jorge. O colombiano, que ainda tinha contrato em bigor, levou o caso para a Justiça que de-lhe ganho de causa e acertou com o rival Santos.

Com a camisa santista, não repetiu o mesmo futebol que lhe tornara um dos melhores volantes do mundo. Brigou com o técnico Giba e não conseguiu se firmar no time do litoral. Após sua passagem apagadapela Vila Belmiro, assinou com o Cruzeiro, que pretendia formar um verdadeiro esquadrão. Edmundo, Sorín, Alex, Rincón, mas o senho ficou só no papel, dentro de campo, foi um fiasco e Rincón foi dispensado.

Quando todos achavam que Rincón havia encerrado a carreira, o volante ressurgiu no Corinthians dois anos depois sob orientação do diretor técnico Roberto Rivellino. Aos 37 anos, em meio ao pacotão recheado de promessas trazido pelo pelo Corinthians no início de 2004. O jogador esteve longe de sua melhor forma. Com uma equipe limitada e em péssima fase, os resultadospositivos eram raros. O Corinthians quase foi rebaixado no Campeonato Paulista e fez um primeiro turno medíocre no Campeonato Brasileiro. Além disso, na derrota por 4 a0 para o Palmeiras no Morumbi, ao tentar cortar um escanteio, Rincón fez um gol contra e abriu o placar para o Palmeiras.


Sua segunda passagem pelo clube durou apenas quatro meses. Com muitos resultados negativos, diversas goleadas sofridas, inclusive no Pacaembu, ele encerrou a carreira com a camisa do Corinthians e foi dispensado pelo técnico Tite. Posteriormente a sua saída, pendurou finalmente as chuteiras, mas nunca esconde o desejo de voltar a trabalhar no futebol como técnico. Em 2008, assumiu o São Bento de Sorocaba, onde pediu demissão. No anos euginte, assumiu o São José e no mesmo ano retornou ao Parque São Jorge para ser treinador da equipe su-20 do Corinthians. No entando, sua passagem foi curta, na primeira semana de trabalho Rincón fez as malas para trabalhar com Luxemburgo como auxiliar técnico do Atlético Mineiro.

Ficha técnica:

Nome
:
Freddy Eusébio Gustavo Rincón Valencia
Nascimento: 14 de agosto de 1966
Cidade natal: Buenaventura, Colômbia
Carreira no Corinthians: 1997 - 2000; 2004
Títulos pelo Corinthians: Mundial interclubes FIFA (2000)
Campeonato Brasileiro (1998, 1999)
Campeonato Paulista (1999)

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