Ronaldo

Criado na Cohab da humilde Zona Leste da capital, entrou para a história do Corinthians como herói, mesmo que em muitas oportunidades tenha sido vilão. Caracterizaca-se pela raça e corinthianismo em campo, ja que era um verdadeiro torcedor alvinegro. Moticos de sobra para muitos o considerarem o maior goleiro da história do clube. Embaixo das travez Ronaldo era praticamente perfeito, mas seu comportamento intempestivo dentr de campo muitas vezes traía o ótimo goleiro.

O garoto que desde os 14 anos de idade estava nas categorias de base do Corinthians estreou no time principal em fevereiro de 1988, em um amistoso de pré-temporada contra o São José, no Vale do Paraíba. Ronaldo, que era terceiro goleiro, atrás dos experientes Carlos e Waldir Peres, mal poderia esperar o que o ano ainda lhe reservava.

Sua grande chance surgiu na estreia do Campeonato Paulista, logo em um clássico frente ao São Paulo. Enquanto se discutia quem seria o camisa 1 da temporada, o titular Carlos ou o reserva Waldir, aconteceu um imprevisto: Carlos se machucou e na disputa pela posição, Waldir Peres perdeu do talentoso jovem goleiro. O Corinthians não só ganhou o jogo por 2x1, como Ronaldo fechou o gol. Ele ainda obteve a façanha de defender um pênalti cobrado por Dario Pereyra. A aposta do técnico Jair Pereira havia dado certo.

No decorrer do Campeonato, recuperado, Carlos voltou a ser o titular da equipe. Nas semi-finais do campeonato, em um momento decisivo e delicado, o arqueiro titular Carlos se machucou de novo durante a partida contra o Palmeiras. Ronaldo entrou para não sair mais. No domingo seguinte, em outro clássico decisivo, desta vez contra o Santos: o Corinthians venceu por 2 a 0 e foi disputar a final com o Guarani, se sagrando campeão paulista pela 20ª vez. Vicente Matheus, reconhecendo a categoria do jovem, tratou de negociar o goleiro titular Carlos com o Malatyaspor da Turquia. Assim,Ronlado virou, definitivamente, o dono da camisa 1 do Timão.

Com o passar do tempo, ele se destacava cada vez mais no gol mosqueteiro. Em 1990, fez parte com brilhantismo do primeiro título brasileiro, dando notoriedade nacional ao Corinthians.

Com grande reflexo e elasticidade, gostava de posar para fotografias fazendo pontes dignas de acrobata. Por causa delas, era a alegria dos locutores de rádio, que adoravam gritar seu nome em defesas espetaculares: "RONAAAAAAAAALDO!"; ESPAAAAALMA RONALDO" Gritos que eram muito repetidos entre as crianças corinthianas quando jogavam bola e imitavam o ídolo.

Fora de campo, Ronaldo também mostrava sua irreverência. Roqueiro assumido, o jogador chegou a montar a banda Ronaldo e os Impedidos junto com outros cinco músicos. Chegaram a gravar o CD, mas não empolgou muito e teve carreira curta. Corinthiano fanático, disse que seu maior sonho seria jogar no Palmeiras e, em uma final de Campeonato contra o Corinthians e tomar um grango no último minuto. Nunca escondeu sua felicidade pelas derrotas palestrinas.

Além de não ter papas na língua e sempre estar envolvido em polêmicas por causa de suas declarações. Ronaldo também era um barril de pólvora, um fio desencapado dentro de campo, não suportava com facilidade uma falha, um insucesso, buscava constantemente a vitória e os acertos, porém quando as falhas aconteciam não poupava seus companheiros.

Vibrante e guerreiro, Ronaldo se tornou o maior símbolo corintiano da década de 1990 e um dos jogadores que mais vestiram a camisa alvinegra: 601 vezes. O goleiro era a mais clara representação de um torcedor da arquibancada dentro de campo.

Ficha técnica:

Nome: Ronaldo Soares Giovanelli
Nascimento: 20 de novembro de 1967
Cidade natal: São Paulo (SP) Brasil
Carreira no Corinthians: 1987 - 1997
Títulos pelo Corinthians: Campeonato Brasileiro (1990)
Copa do Brasil (1995)
Campeonato Paulista (1988, 1995, 1997)

Jogo aéreo - Bom
Colocação - Ótimo
Reposição de bola - Boa

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