Marcelo Mattos 'perdido' na Grécia

O “timing” foi perfeito. Em julho de 2007, Marcelo Mattos deixou o Corinthianscampeão brasileiro e foi para a Grécia, defender as cores do Panathinaikos. O clube paulista entrou em declínio e terminou o ano rebaixado para a série B. O volante foi eliminado com seu time no primeiro mata-mata da Copa da Uefa, mas ficou em terceiro lugar no Campeonato Grego e agora disputa um mini-torneio por uma vaga na Liga dos Campeões.

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Divulgação
Marcelo Mattos em ação pelo Panathinaikos, da Grécia


Na Grécia, a pressão da torcida é grande, mas Marcelo Mattos não se abala com os gritos da arquibancada. Não porque já “fez escola” com a fiel corintiana, mas porque não tem idéia do que dizem os torcedores do Panathinaikos.

- O estádio fica muito cheio em todos os jogos, inclusive nas partidas fora de casa. Eles viajam para ver o time mesmo, mas não entendo bem o que eles estão gritando, nunca sei bem o que está acontecendo. De qualquer maneira, igual à do Corinthians não tem, essa não vou esquecer nunca – afirma Marcelo Mattos.

Mesmo sem falar grego, esse paulista de Indiaporã (SP) já se sente bem adaptado ao clube e ao país. Para isso, não pôde contar com a ajuda de brasileiros. Raridade no universo europeu, o Panathinaikos não contava com nenhum brasileiro em seu plantel. Para se virar logo que chegou, Marcelo foi ajudado principalmente pelos africanos que falam português no time.

- O único brasileiro do time sou eu. Tem uns caras de Angola e de Moçambique, o que facilitou bastante no começo. O grupo tem muitos jogadores de fora da Grécia, e acaba que falamos em inglês entre nós. O técnico Peceiro é português, e com ele a comunicação é fácil também - conta

Experiência no Japão ajuda


Ag.
Diário de S.Paulo
Marcelo Mattos tem contrato de mais três anos com o Panathinaikos
Não é a primeira vez que Marcelo Mattos, de 24 anos, atua fora do Brasil. No início da carreira, o volante foi para o Japão, onde jogou pelo FC Tokyo e Oita Trinita. A experiência não foi das melhores, e o jogador acabou voltando para o país em 2003, época em que defendeu o São Caetano. Hoje, a passagem pelo Oriente serve como lição para a vida longe do Brasil.

- Fui muito novo para o Japão, queria continuar lá. Não deu muito certo e acabei voltando. Aqui é completamente diferente de lá. As pessoas aqui são mais parecidas com as do Brasil, mais amistosas. O clima também é quente. Quando eu lembro do frio que fazia no Japão eu sinto até arrepios. E o povo lá também é bem gelado.

Outra coisa que faz Marcelo se sentir em casa, mesmo tão longe, é a possibilidade de assistir aos jogos do Corinthians. O jogador garante que acompanha pela internet todas as notícias do clube onde deixou amigos, como Dentinho, e gruda na televisão quando as partidas são transmitidas por lá.

Sobre a possibilidade de voltar ao Brasil, o jogador desconversa, mas deixa uma brecha aberta para eventuais negociações.

- A gente nunca sabe o que vai acontecer, mas a princípio pretendo cumprir até o fim o meu contrato, que ainda vale por três temporadas.

Enquanto isso não acontece, Marcelo aproveita para conhecer melhor a Grécia.

- Ainda não consegui conhecer as famosas ilhas gregas. Já, já começam as férias e eu vou ter um tempinho para visitar tudo.

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