A tragetória do Mundial de 2000






























Confira agora, a tragetória do Timão na conquista deste titulo, o mais importante em toda sua história.

• Corinthians conquista o Mundial de Clubes

O Corinthians conquistou o título do primeiro Mundial de Clubes organizado pela Fifa. Após empates sem gols com o Vasco no tempo normal e na prorrogação, o time derrotou o Vasco nos pênaltis por 4 a 3.

O herói, mais uma vez, foi o goleiro Dida. Ele defendeu o terceiro pênalti, cobrado por Gilberto. O vilão foi Edmundo, que chutou para fora o último pênalti do Vasco.

Os corintianos Rincón, Fernando Baiano, Luizão e Edu converteram. Marcelinho perdeu quando tinha a chance de decidir. Os vascaínos Romário, Alex e Viola marcaram. Edmundo perdeu quando poderia empatar a disputa.

A vitória coroou a tática do Corinthians, que na segunda metade da etapa final e durante toda a prorrogação ficou "cozinhando" o jogo. Confiando no goleiro Dida, tradicionalmente um grande pegador de pênaltis, o time sabia que o empate poderia resultar no título.

Já o Vasco, que chegou a ter quatro atacantes na prorrogação (Romário, Edmundo, Viola e Donizete), não conseguiu ser ofensivo. Teve mais a bola, mas teve também o time em má jornada. Edmundo não só perdeu o pênalti, mas jogou um péssimo futebol, matando várias jogadas de ataque.

Ao contrário dos mundiais conquistados pelos rivais São Paulo e Santos, em Tóquio, o Corinthians ganha um título oficial. E coroa a milionária parceria com a empresa norte-americana HMTF, que já trouxe os títulos do Paulista e do Brasileiro em seu primeiro ano (99).

• Dentro de campo

O primeiro tempo da partida foi equilibrado. Apesar de o Vasco ficar mais tempo com a bola, trocando passes no campo de defesa do Corinthians, a equipe paulista também criou boas chances de gol.

A primeira delas veio logo aos 3min, em cruzamento de Edilson que passou na boca do gol. Aos 10min, Ricardinho acertou um belo chute de fora da área, mas Helton fez a defesa com tranquilidade. Aos 14min, Luizão matou no peito após cruzamento e chutou. Paulo Miranda, travando o chute, salvou o Vasco.

A primeira boa chance vascaína só surgiu aos 18min. Paulo Miranda avançou pela direita e chutou forte. A bola bateu na rede, mas pelo lado de fora. Aos 21min, a jogada mais bem armada do Vasco no primeiro tempo: Felipe driblou três e tocou para Edmundo, que chutou de primeira. Adílson travou o lance, e a bola saiu.

Aos 38min, o Corinthians teve a melhor chance do primeiro tempo. Após boa enfiada de Ricardinho, Marcelinho entrou na área, no meio dos zagueiros adversários, e mesmo assim chutou. O jovem goleiro Helton fez uma grande defesa, espalmando para escanteio.

Se na primeira etapa o time vascaíno teve mais a bola, na segunda os papéis se inverteram. Mesmo sem Ricardinho -o meia, que já era dúvida antes da partida, saiu machucado dando lugar ao volante Edu-, o Corinthians ficou mais com a bola nos primeiros dez minutos.

E o campeão brasileiro quase marcou logo aos 6min, quando Edilson avançou pela direita, entrou na área e chutou cruzado. A bola saiu, mas o lance assustou.

Depois, o Vasco teve duas boas chances. Primeiro com Gilberto, que acertou um belo chute, mas para fora. Depois, uma oportunidade clara com Juninho que, após receber passe de Romário e ficar de frente com Dida, preferiu cruzar para uma área povoada de corintianos, ao invés de bater para o gol.

A partir dos 15min, a partida caiu bastante de ritmo. Visivelmente cansados (o calor foi forte durante todo o dia no Rio), as equipes passaram a pressionar bem menos e trocar passes no meio-de-campo.

Em bola parada, o Corinthians quase abriu o placar. Aos 25min, Marcelinho cobrou bem escanteio. A bola entraria, não fosse a grande defesa de Helton -durante a semana, Marcelinho disse que o jogo seria decidido em um lance de bola parada. No escanteio seguinte, a bola passou com perigo de frente para o gol.

A partir daí, o jogo ficou ainda mais morno. Apesar de o Vasco ter mais a posse de bola, não criou grandes chances de gol.

• Sem gol de ouro

Na prorrogação, o Corinthians claramente "cozinhou" o jogo. O técnico Oswaldo de Oliveira, que já havia colocado o volante Edu, colocou também Gilmar. Já o técnico vascaíno Antônio Lopes tirou os meias Juninho e Ramon para botar os atacantes Viola e Donizete.

Apesar de bem mais ofensivo, o cansado time do Vasco não conseguiu criar oportunidades. Tentou também não se expor aos contra-ataques.

Nos pênaltis, acabou dando Corinthians, o melhor time do país e, agora, também do mundo.


• Veja como foi, lance a lance, o empate na decisão do Mundial

Corinthians e Vasco empataram em 0 a 0, na noite desta sexta-feira, no estádio do Maracanã. Nos pênalti, o Corinthians venceu por 4 a 3 e conquistaram o título do Mundial de Clubes da Fifa.

• TEMPO NORMAL

Primeiro tempo

4min - Em jogada individual, Edílson, maior driblador do Corinthians no Mundial -média de 4,7 tentativas por jogo-, invadiu a área vascaína e cruzou. Luizão, atrasado, não alcançou a bola.

14min - Após novo cruzamento de Edílson, Luizão dominou a bola, se livrou do zagueiro e desperdiçou a finalização. Antes do jogo de sexta, ele tinha aproveitamento de 59% nas conclusões

18min - O lateral Paulo Miranda, sem marcação, chutou, para fora, da entrada da área corintiana. Foi a primeira finalização do jogador, que começou a competição na reserva, no Mundial da Fifa.

21min - Felipe, que não repetia no Mundial o mesmo desempenho nos dribles do que no último Brasileiro, quando liderou o fundamento, livrou-se de dois adversários e toca para Edmundo, que chuta para fora.

25min - Romário, na entrada da área, tocou, com categoria, para Ramon, que só acerta 30% de suas finalizações e que novamente desperdiçou a chance.

32min - O meia Juninho, jogador vascaíno que mais finalizou na primeira fase do Mundial de Clubes, arriscou de fora da área e exigiu defesa de Dida.

38min - Após assistência de Ricardinho, a terceira do meia corintiano no torneio da Fifa, Marcelinho chutou fraco, mas mesmo assim o goleiro Hélton tocou para escanteio com dificuldade. Na primeira fase, o meia-atacante não marcou nenhuma vez.

42min - Depois de entrada violenta sobre Edmundo, Rincón, média de três faltas por jogo -a maior dos titulares corintianos-, recebeu o primeiro cartão amarelo de seu time na partida.

Segundo tempo

3min - Marcelinho, que teve média de uma assistência por jogo na primeira fase do Mundial, cruza da direita, o goleiro Hélton falha, mas Luizão novamente chega atrasado.

6min - Depois de avançar, livre, da intermediária carregando a bola, Edílson, artilheiro corintiano no Mundial, chuta à direita do gol do time carioca.

7min - Após falha da defesa corintiana, Gilberto chuta forte da marca do pênalti para fora. O lateral só acertou 15% de suas finalizações no Mundial

15min - Depois de passe de Romário, o meia vascaíno Juninho ficou livre para chutar para o gol na entrada da pequena área, mas preferiu, sem sucesso, tocar para Edmundo.

25min - Marcelinho bate escanteio direto para o gol. Hélton, um dos dois goleiros menos vazados da fase de classificação do Mundial, salva.

35min - De forma errada, a arbitragem marca impedimento de Edmundo, que iria receber a bola livre de marcação.

•PRORROGAÇÃO

7min do primeiro tempo - Um dos três maiores finalizadores do Mundial de Clubes, Marcelinho chuta forte para o gol do Vasco, mas novamente com a direção errada.

14min do primeiro tempo - Depois de falta feita por Luizão, o atacante corintiano mais faltoso no Mundial, Alex Oliveira chuta com precisão para grande defesa de Dida.

13min do segundo tempo -Em mais uma cobrança de escanteio de Marcelinho, o Corinthians não aproveita sua última oportunidade na partida contra os cariocas.

Pênaltis

1º Rincón (C) - converte Romário (V) - converte

2º Fernando Baiano (C) - converte Alex Oliveira (V) - converte

3º Luizão (C) - converte Gilberto (V) - Dida defende

4º Edu (C) - converte Viola (V) - converte

5º Marcelinho (C) - Helton defende Edmundo (V) - Chuta para fora

Sofrimento e alegria

A emoção entre os corintianos no gramado do Maracanã era o único sentimento maior do que o cansaço que dominava os jogadores após 120 minutos de jogo e uma tensa disputa de pênaltis. O lateral Índio, promovido novamente a titular (como durante o Campeonato Brasileiro) devido à suspensão de Daniel, expulso no jogo contra o Al Nasser, na segunda-feira, pela última rodada da primeira fase, misturava sentimentos.



– Estou muito feliz com o título, mas triste porque minha mãe está doente – disse ele.

O presidente do clube, Alberto Dualib, fez questão de homenagear toda a comissão técnica.

– Esse é o resultado que colhe quem trabalha, trabalha e trabalha – afirmou em tom de discurso político. – Esperávamos essa consagração. Essa grandeza, essa paixão, é disso que é feito o corintiano.

O meia Marcelinho, que pela primeira vez na carreira perdeu um pênalti em uma decisão, comemorava aliviado.

– Pois é, o Hélton saiu bem na bola, defendeu, mas o Dida foi perfeito e o Edmundo ainda nos ajudou, chutando para fora – resumiu.


O mesmo sentimento de agradecimento em relação ao goleiro (que, no final das contas, defendeu apenas o pênalti batido por Gilberto) tinha o atacante Luizão, que berrava, enquanto chorava:


– Dida, vem cá!

O herói, feliz mas tranqüilo como sempre, comentava a defesa.

– O goleiro tem que ter acima de tudo confiança e pensamento positivo e eu tenho isso. Essa força vem dos próprios jogadores e torcedores, que passam muita tranquilidade.


Menos sofrimento e mais alegria se percebia entre os integrantes da fiel torcida, em plena forma física e vocal após enfrentar os cerca de 400 km entre São Paulo e Rio de Janeiro e mais horas no calor e depois na chuva do Maracanã. Cada jogador que recebia a medalha de campeão do mundo era homenageado.


– El, el, el, o Dinei é da Fiel! – dizia um dos gritos mais animado, para um dos jogadores favoritos da torcida alvinegra.




• Animação da torcida paulista é superior no Maracanã


A torcida do Vasco foi facilmente superada pela do Corinthians na maior parte do tempo da decisão do Mundial de Clubes da Fifa, nesta sexta-feira à noite, no Maracanã.

Os cariocas eram maioria no estádio, mas faltou animação. Durante todo o jogo, as torcidas organizadas do Vasco ficaram caladas. Os cariocas só se manifestavam durante os poucos ataques perigosos do time

Inconformados com a apatia dos torcedores, os jogadores do Vasco apelavam para a arquibancada, sem sucesso.

Aos 6min do segundo tempo, vários jogadores seguiram em direção aos torcedores para pedir apoio. Enquanto os vascaínos ficavam calados, a organizada Gaviões da Fiel não parava de incentivar o Corinthians.

Na quinta-feira, cerca de 20 mil vascaínos provocaram uma das maiores confusões do futebol carioca para comprar os ingressos para a partida. Os bilhetes foram vendidos apenas em São Januário, sede do clube.

Para contornar a confusão, a polícia teve que lançar bombas. Na ocasião, vários torcedores ficaram feridos.


• Torcida corintiana invade o gramado após o título


Antes, durante e depois da partida desta sexta-feira, os corintianos dominaram os gritos das arquibancadas do Maracanã

Os torcedores paulistas não pararam de cantar até durante o hino nacional. Nos acordes patrióticos, eles cantavam "Oh, Todo-Poderoso Timão". No jogo, seus gritos ecoavam, enquanto os vascaínos, mais numerosos, estavam calados.



Ao final, uma centena de corintianos pulou da numerada para a geral e dali para o gramado, atravessando o fosso do estádio carioca. No gramado, eles só comemoraram, sem nenhum incidente grave.

O temor de grandes conflitos entre torcedores do Vasco e do Corinthians não se confirmou.

Os cerca de 20 mil corintianos entraram sem problemas no estádio. Os que vieram de ônibus usaram um único portão, o 13, sem serem incomodados. Os vascaínos usaram as outras entradas.

Dentro do estádio, os corintianos foram mais barulhentos que a maioria vascaína. Até durante o hino nacional não pararam.

O principal incidente entre as torcidas ocorreu a mais de 2 km do estádio, próximo à estação Estácio do metrô (região central). Perto dali, em frente ao Teleporto, centenas de corintianos chegados em caravanas eram mantidos isolados pela Polícia Militar.

Por volta das 15h, um grupo de moradores do morro de São Carlos trocou pedradas com alguns corintianos. Cerca de 20 pessoas se envolveram no conflito, que durou dez minutos e foi encerrada com a interferência da polícia.

Além desse caso, a torcedora corintiana Maria Cristina do Espírito Santo, 16, contou que seu namorado, Édson Almeida, 25, foi espancado por quatro rapazes ao dizer que viera para o jogo.

Alguns corintianos reclamaram que teriam sido agredidos sem motivo por policiais. "Um deles me deu umas porretadas para eu entrar no ônibus e vir para o estádio", afirmou Adílson Nunes da Silva, 22. Outro torcedor (não se identificou) disse que um companheiro havia sido agredido.


• Bandeirantes bate recorde de audiência com decisão por pênaltis

A TV Bandeirantes bateu seu recorde histórico de audiência com a decisão por pênaltis do Mundial de Clubes.

Nas cobranças, o canal paulista chegou ao pico de 53 pontos (cada ponto equivale a 80 mil telespectadores), contra apenas 12 alcançados pela TV Globo. Anteriormente, uma luta do boxeador Adilson "Maguila" Rodrigues há 11 anos deu um máximo de 50 pontos.

Não é a primeira vez que uma concorrente global tem a marca histórica com Corinthians. O SBT deu sua maior goleada no Ibope com a final da Copa do Brasil de 1995. Corinthians bateu o Grêmio, e o canal de Silvio Santos teve pico de 53 pontos contra 10 da emissora carioca.

Na sexta, a Bandeirantes venceu o Jornal Nacional, a novela Terra Nostra e o Globo Repórter. Na média, teve 36 pontos, contra 25,5 da Globo. Contra a novela dos imigrantes italianos, a vitória da Bandeirantes foi mais apertada -média de 35 contra 30 pontos.

De qualquer forma, foi a primeira derrota, em termos de audiência, de Terra Nostra, programa que reergueu a audiência no horário nobre do canal.

A Globo não quis comprar os direitos de transmissão do Mundial de Clubes, acreditando em sua pouca tradição, evitando noticiá-lo em seus programas.


By Grazi

Fonte: Corintimao.com.br

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