Corinthians ameaça processar Portuguesa

O Corinthians pretendia apresentar na sexta-feira o atacante Christian, 33, mas a Portuguesa frustrou os planos do alvinegro, que agora ameaça até entrar na Justiça para cobrar uma dívida da equipe do Canindé.

Segundo Mário Gobbi, vice de futebol corintiano, os rivais devem cerca de R$ 1,5 milhão referentes a terraplanagem feita de maneira acidental em terreno do CT da Portuguesa no Parque Ecológico do Tietê. O centro de treinamento alvinegro faz divisa com o da Lusa.

O Corinthians quer zerar a dívida em troca da liberação do jogador. "A proposta que nós fizemos é essa e agora só depende de a Portuguesa aceitar", disse Gobbi que, em seguida, ameaçou o adversário.

"Se não houver a compensação da dívida, vamos remetê-la para o jurídico", afirmou.

O presidente da Portuguesa, Manuel da Lupa, diz que os corintianos não fizeram proposta nenhuma e que o valor da dívida é de R$ 287.503, 87, referente a obra realizada em 2002.

"Eles procuraram o jogador à revelia da Portuguesa. Eles acham que só eles são espertos", afirmou o cartola, que ficou irritado porque o diretor corintiano Antônio Carlos fez proposta a Christian sem procurá-lo antes. "Ele ofereceu R$ 35 mil de salário, R$ 35 mil de imagem e mais R$ 200 mil na mão do jogador", disse.

Da Lupa afirma que, agora, não há mais negócio com o Corinthians e que pretende renovar o contrato de Christian até o final de 2009. "Sei que eles precisam do jogador. Se tivessem me procurado antes, quem sabe? É a mesma coisa que você chegar com jeito em uma mulher. Você leva. Mas se vai de outra maneira, não", falou o presidente da Portuguesa.

"O pessoal [dos clubes grandes] fazia o que queria com a gente antes, mas agora não é mais assim. Existe uma diretoria agora e ela precisa, e vai, ser respeitada", concluiu.

Sem o camisa 9 que prometeu, Gobbi disse que o clube deve procurar outra alternativa. "O Christian não é o único atacante que existe", falou.

Ele descartou uma concessão do Pacaembu, como tem sugerido a Prefeitura paulista. Segundo ele, o estádio é apenas um "plano B" caso o consórcio Egesa/Seebla não consiga comprar o terreno na Marginal Tietê para a construção de uma arena multiuso para o clube.

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